Autismo tão comum nos jovens como em adultos mais velhos na Inglaterra

Estes autores do Reino Unido postularam que se a prevalência de autismo está aumentando, seria de se esperar que as taxas em adultos mais velhos fossem mais baixas que aquelas em jovens adultos. Eles conduziram uma amostra aleatória estratificada de múltiplas fases numa pesquisa nacional de morbidade psiquiátrica em adultos na Inglaterra em 2007. Os dados da pesquisa foram ponderados para considerar o desenho do estudo e a não-resposta, de forma que os resultados representam a população familiar. Eles identificaram pessoas com 16 anos ou mais com distúrbios do espectro autista (ASD) baseados em técnicas validadas de entrevista diagnóstica. Os entrevistados também forneceram informações sociodemográficas e sobre seu uso de serviços de saúde mental.

Eles descobriram que: "De 7461 participantes adultos que forneceram uma entrevista de fase 1 completa, 618 completaram as avaliações de diagnóstico da fase 2. A prevalência ponderada da ASD em adultos foi estimada como sendo de 9,8 em 1000. A prevalência não foi relacionada à idade do entrevistado. As taxas foram mais altas em homens, naqueles com qualificações educacionais, e naqueles que viviam em habitações de aluguel social (financiamento governamental). Não houve evidências de aumento do uso de serviços para problemas de saúde mental."

Os autores concluíram que: "É viável a realização de pesquisa epidemiológica em ASD em adultos. A prevalência de ASD nesta população é semelhante à encontrada em crianças. A falta de uma associação com idade é consistente com ausência de aumento na prevalência e com suas causas sendo temporalmente constantes. Os adultos com ASD vivendo em comunidade têm desvantagens sociais e costumam não ser identificados."

Estes resultados não surpreendem.

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Arch Gen Psychiatry 68(5):459-465, Maio de 2011 © 2011 para a American Medical Association
Epidemiology of Autism Spectrum Disorders in Adults in the Community in England. Traolach S. Brugha, Sally McManus, John Bankart, et al. Correspondências para Dr. Brugha: tsb@le.ac.uk

Categoria: N. Neurológico, P. Psicológico. Palavras-chave: autismo, transtornos do espectro autista, adultos, taxas, epidemiologia, estudo transversal de base populacional, observatório de revistas.
Sinopse editada por Dr Linda French, Toledo, Ohio. Publicada em Global Family Doctor 13 de Maio de 2011