A força da representatividade

15 de maio de 2017

 Suporte da SBFMC aos seus associados é reconhecido pelos profissionais e visto como fundamental para o fortalecimento da especialidade

 

Olho: “A especialidade cresceu em tamanho e importância, por isso precisamos ter por trás uma entidade que promova o desenvolvimento da medicina de família e comunidade e o aperfeiçoamento e desenvolvimento profissional contínuo dos médicos especialistas”,    
Paula Garcia de Araújo, médica de família e comunidade (Brasília/DF)

 

Por Tatiana Vieira

 

O suporte de uma entidade séria que zele pelos direitos de uma categoria profissional e trabalhe para que esta seja mais reconhecida e valorizada pode fazer toda a diferença. No caso específico da medicina de família e comunidade (MFC) e da atenção primária à saúde (APS), o apoio da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC), assim como das sociedades estaduais filiadas, tem se mostrado de grande valia, e os associados reconhecem os esforços feitos na defesa de seus interesses.

 

É o caso de duas médicas especialistas em MFC, Maria de Fátima Maciel Nepomuceno, de Recife (PE), associada há seis anos, e Paula Garcia de Araújo, que atua em Brasília (DF), associada desde 2010. Maria de Fátima enaltece o papel da SBMFC na divulgação da especialidade em vários espaços. Para Paula, a atuação da entidade é de suma importância tanto na área técnica quanto científica, no sentido de ampliar o número de especialistas.

 

O primeiro contato de Paula com a SBMFC se deu ao fazer parte do grupo que almejava formar a sociedade estadual em Brasília. “Formei-me em 2003 na Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e, como toda universidade, naquela época, o currículo não estava voltado para a medicina de família e comunidade. Em 2006, uma instituição de ensino de Brasília abriu vaga para o curso de especialização na área e me apaixonei. Então fui prestar a prova e passei”, conta. Ali começava a história de encantamento com a APS. Paula lembra que, quando fez a residência, não sabia que existia uma entidade representativa da categoria, a SBMFC. “Em 2009, me reuni com alguns médicos de família e comunidade para criar a Associação Brasiliense de Medicina de Família e Comunidade (ABrMFC), e foi quando soube da existência da SBMFC e que seria de grande valia nos associar”, ressalta. No ano seguinte, a especialista passou a fazer parte da SBMFC.

 

Desde então, Paula tem acompanhado as ações da SBMFC, que ela classifica como “de grande importância”. Para a médica, por ser uma especialidade relativamente nova em comparação a outras centenárias, é necessário o apoio de uma entidade organizada que auxilie no desenvolvimento científico dos profissionais. “A MFC é uma das especialidades que mais vêm sendo estimuladas em seu crescimento, por fazer parte de um trabalho em saúde cuja resolutividade é indiscutível. São poucos os médicos com formação na área, e por entender que o modelo de gestão em saúde voltado para a medicina de família e comunidade seja um caminho sem volta, acredito que precisamos de um apoio técnico e científico como o que nos é oferecido”, defende.

 

Experiências na SBMFC

Durante esses sete anos como associada, Paula relata que já contou com o suporte direto da entidade em algumas ocasiões. Uma delas foi ao realizar a prova de título através da SBMFC, que lhe permitiu ser preceptora da residência médica de medicina de família e comunidade em Brasília e, assim, “ajudar na formação de novos profissionais”, conforme destaca. A especialista também salienta o auxílio técnico prestado pelo órgão ao indicar livros para o estudo sobre a especialidade.

 

Em 2013, Paula participou do 12º Congresso Brasileiro de Medicina de Família e Comunidade, realizado em Belém (PA), e, para ela, foi uma experiência bastante enriquecedora. “Achei muito bom, tanto em termos de organização quanto de temas abordados e atividades de integração”, avalia. Maria de Fátima, por sua vez, afirma que pretende participar do evento deste ano, que ocorrerá em novembro, em Curitiba (PR). Sobre os GTs, Paula afirma que embora ainda não tenha participado deles, “são importantes para o desenvolvimento de padrões de excelência em todas as áreas que a MFC possa atuar”. Maria de Fátima diz que vê “com bons olhos o trabalho desenvolvido pelos GTs”, especialmente entre os alunos da graduação.

 

Quanto ao diálogo com a SBMFC, seja para tratar de assuntos referentes ao pagamento da anuidade, sobre a prova de título e sobre como adquirir os livros indicados, Paula destaca que, em todos seus contatos via e-mail, foi prontamente atendida nas requisições. E, por todas as experiências que já teve com a SBMFC, a especialista acredita que os colegas da área deveriam buscar o suporte do órgão. “A especialidade cresceu em tamanho e importância, por isso precisamos ter por trás uma entidade que promova o desenvolvimento da medicina de família e comunidade e o aperfeiçoamento e desenvolvimento profissional contínuo dos médicos especialistas, que defenda os princípios, diretrizes e a qualificação do SUS e participe de ações de melhoria das condições de saúde da população brasileira. Vejo a SBMFC como esse alicerce desempenhando essa importante missão, por isso é muito benéfico para nós, atuantes na área, nos tornar associados.”