SBMFC lamenta morte da vereadora Marielle Franco

16 de março de 2018

A Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade lamenta a morte da vereadora e ativista Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, um ato de execução sumária provavelmente relacionado com a atuação política da vereadora. Marielle, uma mulher negra, nascida e moradora da favela da Maré, lutava pela igualdade de direitos e aparenta ser uma vítima da crise política e moral que vive o país. 

Eleita com mais de 46 mil votos, iniciou seu ativismo no ano 2000. Formada em Ciências Sociais pela PUC- Rio e mestre em Administração Pública pela Universidade Federal Fluminense, Marielle era presidente da Comissão de Defesa da Mulher e defensora dos direitos LGBT, na qual militava pela igualdade de direitos entre os gêneros e principalmente contra a violência contra a mulher e o racismo. Em 15 meses de mandato, apresentou 16 projetos de lei, sendo dois aprovados: sobre a regulação de mototáxis e contratos da prefeitura com organizações sociais de saúde, alvos frequentes de investigações sobre corrupção.

O crime ocorreu na noite da última quarta-feira, dia 14, na cidade que está sob intervenção federal, da qual Marielle era relatora da comissão responsável por avaliar as operações militares e avaliar os resultados. 


A SBMFC presta solidariedade aos familiares, amigos e companheiros de trabalho das vítimas.