5 dicas para parar de fumar

28 de agosto de 2018

 
Segundo o Ministério da Saúde, mais de 20 milhões de brasileiros são fumantes, mesmo com  a queda de 36% entre 2006 e 2017. No Dia Nacional de Combate ao Fumo, a Sociedade Brasileira de Medicina de Família orienta sobre como largar o vício e melhorar a saúde
 
O tabagismo é doença grave que causa mais de 50 problemas de saúde nos indivíduos que fumam ativamente e também de forma passiva. Com foco no Dia Nacional de Combate ao Fumo, datado em 29 de agosto, a Sociedade Brasileira de Medicina de Família orienta sobre como largar o vício que provoca câncer de pulmão ou da face, doença cardiovascular, infarto, AVC (acidente vascular cerebral) e enfisema pulmonar, dentre outros. Já para os fumantes passivos, os sintomas podem ser ocorrência de cefaleia, alergias e aumento da pressão arterial. 
 
“Está comprovado que o tabagismo é responsável por 25% das mortes por angina e infarto do miocárdio, 90% dos casos de câncer no pulmão, 25% das doenças vasculares (entre elas, derrame cerebral) e 30% das mortes decorrentes de outros tipos de câncer (de boca, laringe, faringe, esôfago, estômago, pâncreas, fígado, rim, bexiga, colo de útero, leucemia) e 90% dos casos de câncer de pulmão ocorrem em fumantes”, explica Sonia Martins, coordenadora do Grupo de Trabalho de Problemas Respiratórios da SBMFC.

Confira 5 dicas para parar de fumar 
 
    Recomenda-se que, sempre que possível, os pacientes tabagistas em processo de cessação devem ser acompanhados por uma equipe de saúde para um suporte adequado, o que resulta em maior taxa de sucesso no tratamento;

    Para pessoas que não têm acesso ao acompanhamento de uma equipe de saúde o mais importante é que sejam orientados quanto aos principais sintomas da síndrome de abstinência, a duração destes sintomas, e sobre o manejo das crises de fissura. A síndrome de abstinência é uma intensa resposta do organismo à ausência de nicotina. Esta reação é uma readaptação natural do organismo a novos hábitos de vida. Os principais sintomas são: irritabilidade, ansiedade, insônia, tremores, fadiga, dores de cabeça, tosse, sensação de garganta seca, constipação intestinal, azia, gastrite e coriza. As manifestações são individualizadas e podem variar de pessoa para pessoa; 

    A duração dos sintomas é variável, mas costuma ser mais intensa nas primeiras duas semanas e serem praticamente imperceptíveis após 6 meses. As crises de vontade intensa de fumar, chamadas de fissura, acontecem com frequência nos primeiros dias e vão ficando mais raras com o passar dos dias. É possível controlar as crises de vontade de fumar. A crise dura de 1 a 5 minutos, e a maior recomendação é lembrar que o desconforto vai durar apenas um curto período; 

    Existem algumas dicas para enfrentar esses momentos sem ceder à vontade de voltar a fumar: Beber bastante água, respirar profundamente e com os olhos fechados e manter sempre à mão um "kit fissura". Alguns alimentos podem ser utilizados, como: cravo, canela, uvas passas, semente de abóbora ou casca de laranja seca torradas no forno, legumes crus (cenoura, erva-doce ou pepino cortado em palito), frutas, cristais de gengibre, balas e chicletes dietéticos, bolachas de água e sal e barras de cereal light; 

    O tratamento psicológico é fator fundamental no tratamento do tabagismo. Isso porque o hábito de fumar é uma combinação de três dependências: química, comportamental e psicológica. A dependência psicológica é de difícil manejo sem o auxílio de profissionais capacitados.