O objetivo deste estudo, uma coorte observacional de 12.203 homens do oeste da Austrália com idades de 65 anos ou mais, recrutados de 1996 a 1999, e acompanhados de 2001 a 2004, era avaliar a prevalência e os fatores de risco para claudicação e sua associação com eventos cardiovasculares subsequentes.
A prevalência de claudicação foi de 5,3%. No acompanhamento, após a exclusão de 148 homens com claudicação na linha de base e 76 com falta de dados no acompanhamento, a incidência média anual bruta de nova Doença Arterial Periférica (PAD) (claudicação ou procedimento para PAD) foi de 0,85%. Os fatores de risco para claudicação prevalente e PAD incidente foram semelhantes, com idade, fumo, hipertensão, diabetes e histórico de doença cardiovascular sendo dominantes. Dos homens com claudicação na linha de base, quase a metade (47,5%) não tomava aspirina. No acompanhamento, 42,5% dos homens com PAD incidente não estavam tomando aspirina. A claudicação na linha de base foi associada a duas vezes o risco de morte cardiovascular (taxa de risco, 2,00). Houve uma relação em forma de J entre o diâmetro da aorta, e tanto a claudicação prevalente como efeitos cardiovasculares subsequentes.
Os pesquisadores concluíram que: "Dentre homens mais velhos, a claudicação é prevalente e está associada a fatores que ainda podem ser alterados na idade avançada, incluindo o fumo, exercícios e dieta. Relativamente poucos homens com claudicação ou em risco de PAD usam aspirina. A claudicação é um indicador significativo de desfecho cardiovascular."
De fato parece que se pode fazer mais em relação a riscos modificáveis e uso de aspirina.
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MJA 192 (11): 641-645, 7 de junho de 2010 © The Medical Journal of Australia 2010
Population-based observational study of claudication in older men: the Health in Men Study. Rahul Lakshmanan, Zoë Hyde, Konrad Jamrozik, Graeme J Hankey and Paul E Norman. Correspondências para Paul E Norman: paul.norman@uwa.edu.au
Categoria: K. Circulatório. Palavras-chave: claudicação, homens, estudo de coorte observacional, observatório de revistas.
Sinopse editada por Dr Stephen Wilkinson, Melbourne, Austrália. Publicado em Global Family Doctor 25 de junho de 2010
Traduzido para o Português pela Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, revisão técnica por Leonardo C M Savassi.
