Controle eficaz para intolerância à lactose é incerto

Estes autores dos EUA avaliaram a dose máxima tolerável de lactose e as intervenções para redução dos sintomas da intolerância à lactose entre pessoas com intolerância e má-absorção da lactose numa revisão sistemática da literatura.

Eles descobriram que: "36 estudos randomizados individuais (26 sobre suplementos de lactose- ou lactose-hidrolisado, leite com redução de lactose, ou doses toleráveis de lactose; 7 em probióticoos; 2 sobre administração incremental de lactose para adaptação do cólon; e 1 sobre outro agente) corresponderam aos critérios de inclusão. Evidências de qualidade moderada indicaram que 12 a 15 g de lactose (aproximadamente 1 copo de leite) são bem toleradas pela maioria dos adultos. As evidências foram insuficientes de que a solução com lactose reduzida ou o leite com conteúdo de lactose de 0 a 2 g, se comparados aos com mais de 12 g, são eficazes na redução dos sintomas da intolerância à lactose. As evidências para probióticos, adaptação do cólon e outros agentes também foram insuficientes."

Os autores concluíram que: "A maioria dos indivíduos com presumida intolerância à ou mal-absorção de lactose podem tolerar de 12 a 15 g de lactose. São necessários estudos adicionais para determinar a eficácia do tratamento de intolerância à lactose."

A idéia geral aqui parece ser que a maioria das abordagens para controlar a intolerância à lactose têm benefícios não-comprovados.

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Annals of Internal Medicine 152(12):797-803, 15 de junho de 2010 © 2010 para a American College of Physicians
Systematic Review: Effective Management Strategies for Lactose Intolerance. Aasma Shaukat, Michael D. Levitt, Brent C. Taylor, et al. Correspondências para Dr. Wilt: tim.wilt@med.va.gov

Categoria: D. Digestivo. Palavras-chave: intolerância à lactose, leite, adultos, revisão sistemática de estudos randomizados, observatório de revistas.
Sinopse editada por Dr Linda French, Toledo, Ohio. Publicado em Global Family Doctor 29 de junho de 2010. Traduzido para o Português pela Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, revisão técnica por Leonardo C M Savassi.