Consultórios co-existentes com centros de coletagem patológica não pedem mais exames

O objetivo deste estudo realizado por pesquisadores da Austrália era determinar se as taxas de pedido de exames de patologia por clínicos gerais na prática geral co-existente com os centros de coleta de patologia (CCPs) são superiores aos dos clínicos gerais em consultórios situados longe dos CCPs. Os pesquisadores identificaram todos os consultórios nas regiões metropolitanas de Melbourne e Sydney que co-existiam com CCPs (mesmo prédio ou imediatamente adjacente) e a data em que a co-localização foi estabelecida. Esta informação foi anexada ao banco de dados Melhorando a Avaliação e Cuidado da Saúde para identificar amostras de encontros entre médicos e paciente em consultórios co-existentes (n = 31.700) e consultórios situados fora da zona mais próxima do CCP (n = 289.700) no período de 2000 – 2009.

Nas análises não ajustadas, os médicos em consultórios co-localizados pediram mais testes de patologia que médicos em consultórios situados longe do CCP (40,3 testes contra 37,0 por cada 100 encontros, significativo) e apresentaram uma maior probabilidade de pedir um ou mais testes (16,8% contra 15,5% de encontros, significativo). Após ajustamento de outros preditores de pedido de exames , no entanto, nem taxa de pedido (razão da taxa, 0,98) nem a possibilidade de solicitar um ou mais testes por encontro (razão, 1,01) diferiram significativamente de acordo com o status de co-localização. Sub-análises dentro de grupos específicos e tipos de teste mostraram algumas diferenças sistemáticas.

Os pesquisadores concluíram: "As taxas de pedido de exames patológicos não são mais elevadas nos consultórios co-localizados com CCPs. Na medida em que influências comerciais e relações inadequadas existem no setor de patologia, o comportamento de pedido de exames dos médicos pode ser não afetado.”
 

As maravilhas do ajuste de preditores

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MJA 193(2): 114-119, 19 de julho de 2010 © The Medical Journal of Australia 2010
As taxas de pedidos de testes patológicos são maiores em consultórios co-localizados com centros de coletagem patológica? David M Studdert, Helena C Britt, Ying Pan, Salma Fahridin, Clare F Bayram e Lyle C Gurrin. Correspondência para David Studdert: d.studdert@unimelb.edu.au

Categoria: PSS, Pesquisa de Serviços de Saúde. Palavras-chave: patologia, exame, pedidos, taxas, clínica geral, co-localização, coletagem, centros, estudo comparativo do grupo, journal watch.
Sinopse editada por Dr Stephen Wilkinson, Melbourne, Austrália. Publicada em Global Family Doctor, 6 de Agosto de 2010.