Preditores de relação sexual e rápida repetição da gravidez entre mães adolescentes

O propósito deste estudo, conduzido por pesquisadores australianos, foi de examinar os determinadores de gravidez dentro de 2 anos de uma adolescente dando a luz pela primeira vez (uma rápida repetição da gravidez, RRP) e a ressunção de relações sexuais após o parto. Ele consistiu em um estudo prospectivo de coorte realizado entre Junho de 2004 e Setembro de 2006 no hospital obstetrício terciário no oeste da Austrália e envolveu adolescentes que deram à luz pela primeira vez. Os dados foram colhidos usando-se questionários em recrutamentos, com intervalos de 6 semanas e de 3 meses até 2 anos após o parto.

Dos 147 participantes, 33% vivenciaram uma RRP. A relação sexual foi independentemente significativa associada ao uso de contraceptivo oral (taxa de proporção, OR, 2.83); vivendo com o pai da criança (OR, 8.43); pretendendo engravidar (OR, 3.20); utilizando maconha (OR, 2.60); fazendo uso de álcool (OR, 1.93). O uso de contraceptivos de longo prazo foi associado à redução da taxa de probabilidade de RRP (OR, 0.27), enquanto adolescentes que usaram contraceptivos orais tiveram risco similar de RRP comparado àquelas usando métodos de barreira ou até mesmo nenhum tipo de contracepção. Outros fatores prevendo RRP foram: ser sexualmente ativo por mais de 3 meses (OR, 8.96); pretendendo gravidez (OR, 2.39); sendo um australiano indígena (OR, 2.38).

Os pesquisadores concluíram que: “Há duas opções disponíveis para os fornecedores de serviços de saúde reduzirem a taxa de RPP: facilitar o acesso das mães a contraceptivos que agem em longo prazo; e ganhar entendimento de suas intenções com respeito a repetição da gravidez e fornecer o apoio apropriado."

O uso de contraceptivos orais não parece ser útil aqui, diferentemente de contraceptivos de longa ação.