Fluoxetina benéfica para a profilaxia de depressão pós-derrame

A depressão pode afetar a recuperação de pacientes e até sua taxa de sobrevivência após um derrame, mas isso é frequentemente ignorado ou inadequadamente controlado; dados considerando a eficácia profilática e segurança da fluoxetina são inconsistentes neste contexto. O objetivo do estudo feito por pesquisadores da China é avaliar sistematicamente a eficácia profilática e segurança da fluoxetina para a depressão pós-derrame em pacientes com derrame. Os pesquisadores pesquisaram bases de dados eletrônicos até dezembro de 2009 para estudos avaliando a eficácia profilática de fluoxetina em pacientes com derrame. Eles coletaram e avaliaram um total de 385 pacientes identificados de seis experimentos.

A meta-análise demonstrou que a fluoxetina reduziu a incidência de depressão pós-derrame (DPD) (OR = 0,25), ajudou a recuperar na função neurológica (WMD = -4,72) e melhorou a independência em atividades diárias (WMD = – 8.04); a fluoxetina é relativamente segura, ao invés dos eventos adversos (OR = 0.88, insignificante). Entretanto, os grupos de fluoxetina e grupos de controle não diferem na mudança de pontos para depressão (WMD = -3.97).

Os pesquisadores concluíram que: “A fluoxetina foi benéfica para a profilaxia de depressão pós-derrame em pacientes com derrame, mas não na redução dos sintomas de gravidade de PSD.”

Partindo disso, parece que o benefício acontece na iniciação mais cedo. Seria interessante ver o que acontece com pacientes sob o uso de fluoxetina (ou outros antidepressivos) que têm derrame e mantêm sua medicação, comparados a outros que não o fazem ou no início do pós-derrame.