Uso restrito de exames de imagem após infecção do trato urinário com febre

Esses autores dos Estados Unidos buscaram determinar o impacto da utilização de um procedimento com o pedido de exames de imagens seletivas do trato urinário em vez de exames de imagem de rotina após uma infecção do trato urinário com febre em crianças com menos de dois anos de idade, no uso de exames de imagens, detecção de refluxo vésico-ureteral, uso de antibióticos profiláticos e recorrência de infecção do trato urinário no período de 6 meses. Eles conduziram uma análise retrospectiva comparando resultados durante períodos antes e depois do uso de procedimento. O novo procedimento, que se adapta a recomendações de 2007 do Instituto Nacional para a Excelência Clínica e Saúde do Reino Unido, passou a ser usado em 2008. O procedimento pede ultrassonografia renal na maioria dos casos e restringe a cistouretrografia miccional para uso em pacientes com determinados fatores de risco.

Eles descobriram: “Depois da introdução do novo procedimento, o uso de cistouretrografia miccional e antibióticos profiláticos diminuiu significativamente. Taxas de recorrência de infecção do trato urinário no período de 6 meses e detecção dos graus 4 e 5 de refluxo vésico-ureteral não sofreram alterações, mas a descoberta de refluxo vésico-ureteral nos graus 1 a 3 diminuiu de forma expressiva. Pacientes no grupo anterior ao procedimento com graus 1 a 3 de refluxo vésico-ureteral que foram perdidos com os exames de imagem seletiva não passaram por qualquer intervenção além das sucessivas tomografias do trato urinário e uso de antibióticos profiláticos”.

Os autores concluíram: “Ao restringir as imagens do trato urinário após infecção do trato urinário com febre, as taxas de cistouretrografia miccional e uso de antibiótico profilático caíram substancialmente sem que houvesse aumento no risco de recorrência dentro de 6 meses e sem a diminuição aparente na detecção de refluxo vésico-ureteral de alto grau. Médicos podem ser mais prudentes com relação ao uso de imagens do trato urinário”.

Essa é uma evidência razoavelmente boa para restringir os exames de imagem do trato urinário em crianças pequenas.

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Arch Pediatr Adolesc Med 165(11):1027-1032, novembro de 2011 © 2011 para a American Medical Association
Impact of a More Restrictive Approach to Urinary Tract Imaging After Febrile Urinary Tract Infection. Alan R. Schroeder, Jennifer M. Abidari, Rashmi Kirpekar, et al. Correspondências a Dr. Schroeder: Alan.Schroeder@hhs.sccgov.org

Categoria: U. Urinário. Palavras-chaves: infecção do trato urinário, crianças, infantes, febre, exames de imagem, orientações, antes e após o estudo, Journal Watch.
Sinopse editada por Dr Linda French, Toledo, Ohio. Publicado em Global Family Doctor em 22 de novembro de 2011