Teriflunomida para esclerose múltipla reincidente

Teriflunomida é uma nova terapia oral de modificação da doença para formas reincidentes de esclerose múltipla. Os autores de diversos países conduziram um estudo randomizado envolvendo 1088 pacientes com esclerose múltipla, de 18 a 55 anos de idade, com resultados de 0 a 5,5 na Expanded Disability Status Scale e pelo menos uma reincidência no ano anterior ou pelo menos 2 reincidências nos dois anos anteriores. Os pacientes foram designados de forma aleatória (em uma razão 1:1:1) para placebo, 7 mg de teriflunomida ou 14 mg de teriflunomida uma vez por dia por 108 semanas. O ponto conclusivo primário foi uma taxa de reincidência anual, e o ponto conclusivo secundário principal foi a progressão confirmada de incapacidade por pelo menos 12 semanas.

Eles descobriram: “A Teriflunomida reduziu a taxa de reincidência anual (0,54 para placebo versus 0,37 para 7 ou 14 mg de teriflunomida), com reduções relativas de risco de 31,2% e 31,5%, respectivamente. A proporção de pacientes com progressão confirmada de incapacidade foi de 27,3% com placebo, 21,7% com teriflunomida 7 mg, e 20,2% com teriflunomida 14 mg. As duas posologias de teriflunomida foram superiores ao placebo em uma variedade de pontos conclusivos medidos por imagens de ressonância magnética. Diarreia, náusea e queda de cabelo foram mais comuns com teriflunomida do que com placebo. A incidência de níveis elevados de alanina aminotransferase foi maior com teriflunomida 7 mg e 14 mg (54,0% e 57,3%, respectivamente) do que com placebo (35,9%); a incidência de níveis que eram pelo menos três vezes o limite máximo da variação normal foi semelhante nos grupos de teriflunomida de menor e maior doses e no grupo do placebo (6,3%, 6,7% e 6,7%, respectivamente). Infecções graves foram relatadas em 1,6%, 2,5% e 2,2% dos pacientes nos três grupos, respectivamente. Não ocorreram mortes”.

Os autores concluíram: “A Teriflunomida reduziu de forma significativa as taxas de reincidência, a progressão de incapacidade (na dose mais alta) e evidências de ressonâncias magnéticas da atividade da doença, comparadas ao placebo”.

Diferenças absolutas entre grupos que receberam e não receberam tratamento foram bem pequenas.

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N Engl J Med 365:1293-1303, 6 de outubro de 2011 © 2011 to the Massachusetts Medical Society
Ensaio Randomizado de Teriflunomida Oral para Esclerose Múltipla Reincidente. Paul O’Connor, Jerry S. Wolinsky, Christian Confavreux, et al. Correspondências a Dr. O’Connor: oconnorp@smh.ca

Categoria: N. Neurológico. Palavras-chave: esclerose múltipla, teriflunomida, terapia de modificação da doença, alanina transferase, progressão da doença, ensaio randomizado controlado, Journal Watch.
Sinopse editada por Dr Linda French, Toledo, Ohio. Publicado em Global Family Doctor em 18 de outubro de 2011