Fibrilação atrial e risco de mortalidade após infarto do miocárdio

A fibrilação atrial (FA) é uma ocorrência comum no infarto do miocárdio (IM). Contudo, sua implicação prognóstica não está clara. Estes pesquisadores franceses realizaram uma revisão sistemática e meta-análise para caracterizar o risco de mortalidade associado a FA em pacientes com IM. Foi usado um modelo de efeitos aleatórios para calcular as razões de chance.

Os pesquisadores descobriram que: "Nos 43 estudos incluídos (278 854 indivíduos), a razão de chance de mortalidade associada a FA foi de 1,46. Este prognóstico pior persistiu independente do momento da FA. A razão de chance de mortalidade para FA nova sem histórico anterior de FA foi de 1,37, e com FA anterior foi de 1,28. A análise de sensibilidade de novos estudos de FA ajustados para fatores de confusão não mostrou uma redução no risco de morte."

Os pesquisadores concluíram que: "A fibrilação atrial está associada a risco aumentado de mortalidade em pacientes com IM. Uma FA nova sem histórico anterior de FA antes do IM permaneceu associada a risco aumentado de mortalidade mesmo após ajuste para vários fatores de risco importantes para FA. Estes aumentos subsequentes na mortalidade sugerem que a FA não pode mais ser considerada um evento não grave durante IM."

Esta revisão sistemática sugere que a fibrilação atrial está associada a risco de mortalidade aumentado e pode ser um indicador de prognóstico ruim.

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Circulation 123(15):1587-1593, 19 de Abril de 2011 © 2011 American Heart Association, Inc.
Mortality Associated With Atrial Fibrillation in Patients With Myocardial Infarction: A Systematic Review and Meta-Analysis. Patricia Jabre, Véronique L. Roger, Mohammad H. Murad, et al. Correspondências para Patricia Jabre: patricia.jabre@nck.aphp.fr

Categoria: K. Circulatório. Palavras-chave: fibrilação atrial, infarto do miocárdio, instalação, momento, mortalidade, revisão sistemática com meta-análise, observatório de revistas.
Sinopse editada por Dr Paul Schaefer, Toledo, Ohio. Publicada em Global Family Doctor 10 de Maio de 2011