Fatores prognósticos da disfunção olfativa

Estes autores alemães conduziram uma análise retrospectiva para determinar o aconselhamento adequado de pacientes com disfunção olfativa. Eles incluíram um total de 361 homens e 533 mulheres, com idades entre 11 e 84 anos.

Eles descobriram que: "Embora 431 pacientes (48,2%) tivessem anosmia funcional na primeira avaliação olfativa, 444 (49,7%) tinham hiposmia, e 19 (2,1%) tinham normosmia, na segunda avaliação, 278 (31,1%) tinham anosmia funcional, 496 (55,5%) tinham hiposmia, e 120 (13,4%) tinham função olfativa normal. As mudanças na pontuação de cheiros dependeram positivamente da pontuação inicial e negativamente da idade e de hábitos de fumo. A restauração da normosmia foi mais provável nas mulheres e quando a função olfativa residual foi relativamente alta. Em contraste, a origem da disfunção não teve valor preditivo direto porque foi em sua maioria refletida pela pontuação inicial de cheiros. Contudo, numa sub-análise omitindo o desempenho olfativo inicial como um indicador em potencial, a presença inicial de parosmia foi associada a uma probabilidade menor de anosmia como o resultado final."

Os autores concluíram que: "O prognóstico de disfunção olfativa depende principalmente da função residual, do sexo, da parosmia, dos hábitos de fumo e da idade, enquanto no modelo estatístico, a origem tem um papel secundário, refletido em diferentes graus na perda olfativa inicial."

“A anosmia funcional tem um baixo prognóstico para melhora de acordo com estes dados.”

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Arch Otolaryngol Head Neck Surg 136(4):347-351, Abril de 2010 © 2010 para a American Medical Association
Prognostic Factors of Olfactory Dysfunction. Thomas Hummel, Jorn Lotsch. Correspondências para Dr. Hummel: thummel@mail.zih.tu-dresden.de

Categoria: N. Neurológico. Palavras-chave: anosmia, hiposmia, parosmia, normosmia, prognóstico, análise retrospectiva de prontuários, observatório de revistas.

Sinopse editada por Dr Linda French, Toledo, Ohio. Publicado em Global Family Doctor, 11 de maio de 2010. Traduzido para o Português pela Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, revisão técnica por Leonardo C M Savassi.