Lombalgia crônica pode ser uma condição desafiadora vista com frequência no atendimento médico primário. Pesquisadores dos Estados Unidos tinham como objetivo caracterizar os pacientes que chegavam aos postos de atendimento médico primário com esses sintomas e delinear os fatores que previam dificuldade no retorno ao trabalho. Eles registraram 356 pacientes do ambulatório com lombalgia crônica de pelo menos 3 meses de duração através da Rede de Pesquisa Residencial do Texas. Eles medem o efeito da dor utilizando a Escala de Likert.
Os pesquisadores descobriram: “Os pacientes eram normalmente do sexo feminino (72%), estavam com sobrepeso ou obesidade (média do índice de massa corporal, 33,4), sentiam dor há diversos anos (média de 13,6 anos), e tiveram resultados positivos para sintomas depressivos recentes (83%). A maioria dos pacientes tomava pelo menos um medicamento opiáceo para a dor (59%). A análise de regressão linear multivariada constatou que o maior fator isolado para o efeito do trabalho era o resultado obtido pelo indivíduo na escala de função física SF-36. Outros fatores que contribuíam incluem média de dor diária, frequência de dor de grande intensidade, o efeito das dores de grande intensidade e sintomas depressivos correntes. Idade, sexo, raça/etnia, o tempo total em que o paciente tem lombalgia crônica, comorbidades (incluindo um diagnóstico de depressão), condição de invalidez, uso de opiáceos, histórico de violência causada por parceiro íntimo, apoio social e procedimentos experimentados não produziram previsões eficazes”.
Os pesquisadores concluíram: “Estudos futuros que desejem demonstrar a eficácia de intervenções na lombalgia crônica devem medir os sintomas depressivos e a magnitude e efeito das dores de grande intensidade, não apenas o resultado geral da dor. A maioria dos pacientes com lombalgia crônica encontrados neste estudo toma opiáceos para a dor. Detectar e tratar a depressão pode ser razoável para alguns pacientes, apesar de ainda não haver evidências suficientes de sua eficácia”.
Este estudo enumera fatores que podem prever a dificuldade em retornar ao trabalho em pacientes com lombalgia e reforça a ligação entre lombalgia crônica e sintomas depressivos
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The Journal of the American Board of Family Medicine 24(5):503-510, setembro de 2011 © 2011 American Board of Family Medicine
Fatores que Influenciam a Interferência no Trabalho em Pacientes com Lombalgia Crônica: Um Estudo da Rede de Pesquisa Residencial do Texas. Richard A. Young, Terrell Benold, John Whitham, e Sandra Burge. Correspondências a Richard A. Young: ryoung01@jpshealth.org
Categoria: M. Musculoesquelético. Palavras-chave: lombalgia, crônica, depressão, trabalho, opiáceos, pesquisa, Journal Watch.
Sinopse editada por Dr Paul Schaefer, Toledo, Ohio. Publicado em Global Family Doctor em 21 de outubro de 2011
