Estes autores brasileiros e americanos buscaram investigar se antibióticos orais são necessários, após 48 horas de melhora clínica, em aborto séptico descomplicado. Eles conduziram um teste clínico duplo-cego randomizado incluindo 56 mulheres com aborto séptico descomplicado que foram tratadas com antibióticos intravenosos, seguido de evacuação uterina. Na alta hospitalar (dia 1), as pacientes foram selecionadas para receber ou dixiciclina e metronidazol oral ou placebo, até completarem 10 dias de tratamento. A cura clínica foi definida pela falta de febre (menos de 37,7°C), sangramento vaginal reduzido, e mínima ou nenhuma dor pélvica.
Eles relataram que: “A cura foi observada em todas as 56 pacientes. O comitê de revisão institucional parou o ramo de tratamento, já que ele estava adicionando risco sem maiores benefícios às pacientes. Um grupo de observação com 75 casos adicionais foi acompanhado no ramo sem tratamento e nenhuma falha foi identificada (probabilidade de um evento adverso, 0%).”
Os autores concluíram que: ”Após 48 horas de melhora clínica, antibióticos podem não ser necessários.”
Evacuação dos produtos infectados da concepção é a chave.
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Am J Obstet Gynecol 204(4):301.e1-301.e5, Abril de 2011 © 2011 para Mosby, Inc.
Are antibiotics necessary after 48 hours of improvement in infected/septic abortions? A randomized controlled trial followed by a cohort study. Ricardo F. Savaris, Gisele S. de Moraes, Rafael A. Cristovam, R. Daniel Braun. Correspondência para Dr. Savaris: rsavaris@hcpa.ufrgs.br
Categoria:W. Gravidez, Planejamento Familiar. Palavras-chave: antibióticos, dixiciclina, metronidazol, aborto séptico, ensaio clínico randomizado, observatório de revistas
Sinopse editada por Dr Linda French, Toledo, Ohio. Postada em Global Family Doctor 29 de abril de 2011