Os sintomas da depressão são subnotificados pelos pacientes. Os pesquisadores americanos, portanto, avaliaram motivos individuais para não revelar depressão para seus médicos de cuidados básicos. Eles conduziram uma pesquisa acompanhada por telefone em 1.054 adultos que participaram no California Behavioral Risk Factor Survey System (Sistema de Pesquisa de Fator de Risco Comportamental da Califórnia). Os entrevistados foram questionados sobre os motivos para a não divulgação de sintomas de depressão os seus médicos de cuidados básicos, crenças relacionadas à depressão e características demográficas.
Dos entrevistados, 43% notificaram 1 ou mais razões para a não divulgação. A razão mais frequente foi à preocupação de que o médico recomendasse antidepressivos (22,9%). As razões notificadas para a não divulgação da depressão variaram baseadas no fato de o entrevistado possuir ou não um histórico de depressão. Por exemplo, entrevistados sem histórico de depressão tinham maior probabilidade de crer que a depressão está fora da alçada dos cuidados básicos e maior probabilidade em se preocupar de serem encaminhados a um psiquiatra. Entrevistados com sintomas de depressão clinicamente significantes classificaram 10 de 11 barreiras à divulgação quanto mais pessoalmente aplicáveis do que aqueles sem os sintomas. O número de barreiras de divulgação notificadas foi previsto pelas características demográficas (sendo mulher, hispânico, condição socioeconômica), crenças sobre a depressão (depressão é estigmatizante e deve estar sob controle da pessoa), gravidade do sintoma e ausência de um histórico familiar de depressão.
Os pesquisadores concluíram que: “Muitos adultos recorrem a estas crenças provavelmente para inibir pedidos explícitos de ajuda a seus médicos de cuidados básicos durante um episódio de depressão. Intervenções devem ser desenvolvidas para encorajar pacientes a divulgar seus sintomas de depressão e médicos para que perguntem sobre depressão.”
Definitivamente, vale a pena discutir com os pacientes, mas este estudo se mostra confuso assim como sobre os sintomas sem uma necessidade de diagnósticos estabelecidos, o que sugere que as preocupações podem ser realistas. Possuir seguro de vida e de renda, e cobertura de invalidez por parte das companhias de seguros paralelamente, relativos à depressão também pode melhoras as coisas.
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Annals of Family Medicine 9:439-446, Setembro/Outubro de 2011 © 2011 Annals of Family Medicine
Suffering in Silence: Reasons for Not Disclosing Depression in Primary Care. Robert A. Bell, Peter Franks, Paul R. Duberstein et al. Correspondência para Robert Bell: rabell@ucdavis.edu
Categoria: P. Psicológico, PSS. Plano de Segurança e Saúde. Palavras-chave: depressão, cuidados primários da saúde, divulgação, tratamento, barreiras na comunicação, estigma social, pesquisa por telefone, observatório de revistas.
Sinopse editada por Dr Stephen Wilkinson, Melbourne, Australia. Publicada em Global Family Doctor 14 de outubro de 2011