Dia 29 de setembro: Dia Mundial do Coração – Prevenção de doenças cardíacas deve ser multifatorial

27 de setembro de 2017

Dia Mundial do Coração, datado em 29 de setembro, a Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC) indica que para a redução da mortalidade por doenças cardiovasculares devem solucionados problemas de acesso

As doenças cardiovasculares, como o infarto do miocárdio  e o acidente vascular encefálico são as principais causas de morte no Brasil. Pacientes com hipertensão arterial, diabetes, obesidade, estresse, fumo, sedentarismo, devem ser acompanhados ao longo da vida, principalmente os com idade inferior a 60 anos. As informações são da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC) com foco no Dia Mundial do Coração, datado em 29 de setembro, que alerta a necessidade de cuidados integrais para combate e prevenção de eventos cardíacos que possam ser evitados. 

“Boa parte das doenças relacionadas ao coração pode ser prevenida com alimentação saudável, prática regular de atividade física, diagnóstico precoce de fatores de risco como hipertensão arterial, diabetes, obesidade, estresse, fumo, sedentarismo. Todos são fatores preveníveis com combate, necessidade de prevenção para eventos precoces em pessoas abaixo de 60 anos”, explica Thiago Trindade, presidente da SBMFC.

Segundo ele, o papel do médico de família e comunidade (MFC), na Atenção Primária à Saúde, é promover a saúde com orientação desde a infância, mas não é trabalho só do médico, mas sim multifatorial, como prática de atividade física regular, e outras intervenções de fatores públicos, pois não são todas as pessoas hoje no país que tem acesso a uma alimentação saudável, esporte e lazer.

” “Ao longo da vida, as pessoas precisam ser acompanhadas permanentemente para uma melhor qualidade de vida e controle de doenças, o que resulta na prevenção de doenças cardiovasculares que podem causar mortalidade, caso não sejam diagnosticadas. Há também os problemas de acesso que atingem a população mais vulnerável, mas que com a atuação da Atenção Primária à Saúde, em atendimentos nas comunidades, a partir das Unidades Básicas de Saúde”, reforça.

A Atenção Primária à Saúde deve ter um papel importante no diagnóstico precoce de fatores de risco cardiovasculares, que se diagnóstico cedo, podem ser controlados, a detecção precoce e até ajudar as pessoas a parar de fumar, estimular as pessoas na prática de atividade física, impacto muito importante, comunidades que conseguem ter controle dos fatores de risco, vivem melhor e tem uma maior qualidade de vida, livre de doenças, e com menor mortalidade e morbidade por essas causas.

 

Quem é o médico de família e comunidade (MFC)?

 

A medicina de família e comunidade é uma especialidade médica, assim como a cardiologia, neurologia e ginecologia. O MFC é o especialista em cuidar das pessoas, da família e da comunidade no contexto da atenção primária à saúde. Ele acompanha as pessoas ao longo da vida, independentemente do gênero, idade ou possível doença, integrando ações de promoção, prevenção e recuperação da saúde. Esse profissional atua próximo aos pacientes antes mesmo do surgimento de uma doença, realizando diagnósticos precoces e os poupando de intervenções excessivas ou desnecessárias. 

 

É um clínico e comunicador habilidoso, pois utiliza abordagem centrada na pessoa e é capaz de resolver pelo menos 90% dos problemas de saúde, manejar sintomas inespecíficos e realizar ações preventivas. É um coordenador do cuidado, trabalha em equipe e em rede, advoga em prol da saúde dos seus pacientes e da comunidade. Atualmente há no Brasil mais de 3.200 médicos com título de especialista em medicina de família e comunidade.