O SUS completa mais um ano em 19 de setembro. Foi a partir da constituição de 1988 que todos os brasileiros passaram a ter o direito à saúde assegurado, desde antes do nascimento até os últimos dias de vida. Hoje, o SUS é considerado um dos maiores e mais complexos sistemas de saúde do mundo pelo acesso integral, universal e gratuito (no momento do cuidado) a mais de 200 milhões de pessoa (1).
Nestes anos o país melhorou muitos seus indicadores de saúde, não só pela melhora das condições socioeconômicas da população mas, também, pela ampliação do acesso à assistência à saúde. Neste ponto, a APS através das equipes da Estratégia Saúde da Família deve ser destacada, sem ela as internações por causas sensíveis à APS, a mortalidade infantil, a alta cobertura vacinal e a melhora no tratamento das doenças crônicas e também transmissíveis não teriam ocorrido.
Assim a Estratégia Saúde da Família é uma conquista do cidadão brasileiro. Ela não é qualquer forma de fazer Atenção Primária à Saúde, ao contrário, ela é uma forma eficaz, eficiente e efetiva de fazer uma APS de qualidade.
Porém, apesar destes grandes feitos, ainda existem muitos desafios alguns mais recentes outros que nos acompanham de longa data. Entre eles destacamos três: o subfinanciamento crônico, a qualidade da gestão e a formação profissional.
Este último, tem maior relação com o escopo de ação desta sociedade e neste sentido é fundamental destacar a necessidade de que gestores de todas as esferas do SUS invistam na Medicina de Família e Comunidade como forma de se consolidar não apenas a ESF, mas o SUS como um todo.
O número de MFCs atualmente é insuficiente. Somos apenas pouco mais de 1% dos médicos do país (2). Portanto, é preciso ampliar a formação de MFCs para que seja possível ter pelo menos um MFC para cada uma das 43 mil equipes de saúde da família do país.
Referência:
1 – Sistema Único de Saúde. Ministério da Saúde. Disponível em <http://www.saude.gov.br/sistema-unico-de-saude>.
2 – SCHEFFER, M. et al. Demografia Médica no Brasil 2018. São Paulo, SP: FMUSP, CFM, Cremesp, 2018. 286 p. ISBN: 978-85-87077-55-4 http://www.flip3d.com.br/web/temp_site/edicao-97e48472142cfdd1cd5d5b5ca6831cf4.pdf
