SBMFC participa do COBEM 2019 e amplia debate sobre ensino da MFC na graduação

8 de outubro de 2019

O Congresso Brasileiro de Ensino Médico, que está na 57ª edição, contou com a participação ativa da SBMFC em diversas atividades. Além do stand na área de exposições que sorteou brindes aos alunos e docentes participantes do congresso e por meio Grupo de Trabalho (GT) de Ensinagem da Sociedade foram realizadas rodas de conversa com alunos sobre o ensino de medicina de família e comunidade na graduação. O evento foi realizado em Belém, no estado do Pará, entre 30 de setembro e 2 de outubro. 

 

Julia Morelli, médica de família e comunidade e coordenadora do GT Ensinagem, foi responsável pela organização das atividades. “O congresso foi bastante acolhedor, plural, com presença maciça de estudantes participando e opinando, tornando o espaço bem horizontal. Um dos pontos altos foi a oportunidade que médicos de família e comunidade, preceptores e docentes tiveram para se reunir, como a reunião do GT e a roda de conversa com os estudantes de diversas regiões do país, interessados e comprometidos em dar o feedback sobre como está o ensino da nossa especialidade no Brasil a fora”, comemora Julia, que coordena a residência de MFC na Faculdade de Medicina de Petrópolis, RJ.

 

Na programação oficial, a mesa-redonda “Como temos enfrentado as questões relacionadas à população LGBT no ensino médico?” contou com a coordenação de Débora Silva Teixeira e palestra de Ademir Lopes Jr, membros do GT Gênero, Sexualidade, Diversidade e Direitos da SBMFC. “Foi uma oportunidade de discutirmos a aplicação no currículo tanto como professor, aluno, paciente e também como médico. Como a violência institucional da LGBTfobia atinge cada uma das pessoas e como esse tema é invisível dentro do currículo médico. Algumas estratégias comunicacionais para dar visibilidade dentro da anamnese médica também foram abordadas”, explica Ademir,  um dos Coordenador do GT.

 

Os simpósios “Nossos currículos consideram a diversidade étnica, cultural e racial?” também teve a participação da medicina de família e comunidade com abordagem de Rita Helena Borret, coordenadora do GT de Saúde da População Negra e Denize Ornelas, diretora de comunicação da SBMFC e coordenadora do GT de Mulheres na MFC. “Consideramos fundamental que as temáticas de diversidade e inclusão nos currículos possam estar presentes nos espaços da ABEM e poder mostrar como através da nossa especialidade estamos fazendo a construção de currículos de graduação e residência que trabalham a saúde da população negra” conta Denize, coordenadora da residência de MFC na Secretaria de Saúde de São Bernardo, SP. 

 

Isabel Brandão, diretora de residência médica da SBMFC, participou da mesa redonda “Competências na Integração Ensino, Serviço e Comunidade: Fato ou Fake?”. Para ela, o tema principal do COBEM “Educação Médica Transformadora: Compromisso e Responsabilidade Social” dialoga diretamente com a Medicina de Família e Comunidade na medida em que a inserção de estudantes de graduação nos primeiros anos do curso na APS, com o acompanhamento de um médico de família, permite formar egressos mais comprometidos com redução de iniquidades e aumenta a escolha desses estudantes pela especialidade”. A SBMFC também participou da Assembleia Ordinária e Extraordinária da ABEM tendo Isabel como delegada e da mesa “Como avaliar o discente em diferentes cenários?”, com Magda Almeida, docente da UFC e diretora de Saúde Rural da SBMFC.

 

Roda de conversa com os estudantes

 

Mesa-redonda “Como temos enfrentado as questões relacionadas à população LGBT no ensino médico?”

 

Stand da SBMFC na área de exposições do COBEM

 

 

Denize Ornelas no COBEM

 
Rita Helena Borret