Viagem de verão exige cuidados com a saúde

25 de dezembro de 2017

 

Altas temperaturas demandam programação para que as férias sejam agradáveis e  sem problemas evitáveis

 

O Brasil por ser um país tropical tem temperaturas altas no verão.  Em algumas regiões, a sensação térmica ultrapassa os 40 graus. Esse clima, que acompanha as festas de fim de ano e férias escolares, demanda cuidados para evitar problemas de saúde, principalmente em viagens. A Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC) orienta sobre como a população pode preveni-los e aproveitar a época com tranquilidade.

 

“Pesquise antes do início da viagem serviços médicos que poderão ser procurados em  emergência. Caso faça uso de medicamentos para enjoo, diarreia, dores musculares, dores de cabeça, ter atenção quanto ao uso descrito na bula. Um kit de primeiros socorros pode ser providenciado com material para curativos, remédios para dor e febre (de preferência que já tenham sido usados previamente), antialérgicos para quem costuma ter alergias, algum medicamento para enjoos, além dos medicamentos de uso habitual de cada pessoa em quantidade suficiente para não faltar durante a viagem (remédios para pressão alta, diabetes, asma, etc.)”, explica Rodrigo Lima, médico de família e diretor de comunicação da SBMFC.

Para quem não tem problemas de saúde que necessitam acompanhamento médico periódico e irá fazer uma viagem sem maiores exigências físicas, não há necessidade de fazer qualquer consulta. Se a viagem vai envolver algum esforço maior (caminhadas prolongadas, trilhas, etc.) e esse esforço não é hábito da pessoa, vale se preparar adequadamente antes, e para isso o educador físico é mais importante que o médico. Só é necessário procurar o médico caso esteja com algum sintoma ou alguma doença crônica que precise de maiores cuidados. Lima recomenda que é importante seguir as orientações dadas por seu(sua) médico(a) de confiança e checar sobre interações dos seus medicamentos de uso habitual com outras substâncias. Pode acontecer de haver uma reação entre um medicamento e um alimento, por exemplo.

Sobre bebidas alcoólicas, primeiramente consumir entre pessoas conhecidas, em ambiente seguro. Se beber não dirigir ou operar máquinas, nem fazer atividades que exijam reflexos rápidos para manter a segurança. Manter-se hidratado, enquanto ingere bebida alcoólica, copos de água alternados com os drinks são uma boa opção, e alimentado também com cuidado pra não exagerar, pois o álcool pode favorecer o surgimento de vômitos. Se sentir qualquer alteração na coordenação motora, na fala ou nos movimentos enquanto bebe, talvez seja hora de parar um pouco.

Atividade física

Onde praticar: Em qualquer lugar que seja seguro, sempre que possível, com cuidado para não cometer excessos que podem provocar lesões das articulações e músculos.

“O sedentarismo é um dos principais fatores de risco para as doenças crônicas mais frequentes, como hipertensão, diabetes, vários tipos de câncer, etc. Para deixar de ser sedentário não é preciso muita coisa: caminhadas diárias no quarteirão de casa, descer do ônibus um ponto antes do habitual para caminhar um pouco mais, subir escadas no prédio em vez de usar o elevador. Se puder iniciar uma atividade mais organizada como musculação, corridas, natação, ginástica, melhor ainda. A época de férias é uma boa oportunidade de início para a prática, sempre sem esquecer da hidratação, mais importante em períodos de calor”, orienta.

Filtro solar  

Cada pele tem o protetor específico. Os protetores solares são classificados por seu FPS – Fator de Proteção Solar. Quanto mais clara a pele, maior deverá ser o FPS do protetor solar. Importante lembrar que o protetor deve ser aplicado cerca de meia hora antes da exposição solar, e que após transpirar muito ou se molhar a pessoa deverá reaplicar o produto. Também está indicada a reaplicação a cada duas horas.

 

A exposição solar deve ser antes das 10 da manhã e após às 15h da tarde. Ainda assim, sempre usar protetor solar (com FPS – fator de proteção solar – adequado ao tipo de pele) e outros itens de proteção como roupas, chapéus ou bonés, óculos de sol, etc.

Repelente

“Passe o filtro na pele e após ser absorvido, o repelente pode ser aplicado, no máximo três vezes ao dia, dependendo da exposição e também suor. Evite o uso excessivo, pois o produto tem substâncias tóxicas, que podem causar danos à saúde e antes de dormir, tomar banho com sabonete para que o produto seja eliminado da pele. Em casos de ferida e machucado, não é indicado utilizar o produto, principalmente se estiver aberta, pois a substância pode agravar o estado e atrasar a cicatrização”, conclui o médico de família.